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Quarta, 01 Abril 2020 12:00

Mulheres se destacam no voluntariado

Portal Interno Voluntariado

O perfil dos voluntários no país é em sua maioria de mulheres, afirma pesquisa do IBGE

Consideradas mais altruístas, empáticas e comprometidas, as mulheres têm feito jus aos atributos que lhes dão ao mostrar que são elas as que mais encontram um espaço na agenda para se dedicar ao voluntariado. De acordo com a pesquisa “Outras Formas de Trabalho 2018”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 7,2 milhões de pessoas que realizam trabalho voluntário, 5,0% são mulheres, enquanto eles representam 3,4%.

Para Silvia Maria Louzã Naccache, consultora e palestrante em voluntariado, a mudança de comportamento por parte das mulheres é gradativamente perceptível na última década. “As oportunidades de atuação para o voluntariado se transformaram muito nesses 10 anos e as pessoas perceberam que além de doar tempo, energia e amor, também podem compartilhar seus talentos driblando até mesmo a distância. Mas o mais importante é que mesmo as mulheres sendo mais ocupadas, elas têm encontrado uma causa para se dedicar. E, em questão de tempo, o interesse e a participação de homens e mulheres serão bem mais equilibrados”, destaca.

Encontrando uma missão

Mesmo sendo muito interessada desde jovem às causas sociais, Quéli Gonsalves, escriturária do Banco do Brasil, em São Gabriel (BA), desde 2011, não escolheu o projeto pelo qual queria se dedicar, mas sim foi escolhida e de uma maneira inusitada em 2019. “Na época, o presidente da Fundação Culturarte chegou à agência onde trabalho em busca de patrocínio. O gerente explicou para ele que o Banco apoiava projetos por meio da Fundação Banco do Brasil. Logo nós abrimos o site e vimos que havia um edital para seleção de projeto. E, foi aí, com o apoio do André Oliveira que me voluntariei”, relata.

O projeto “Inclusão Produtiva em Eventos Culturais no Sertão da Bahia”, que atua em São Gabriel (BA), visa a qualificação da produção cultural em suas diversas linguagens, apoiando artesãos, artistas plásticos, músicos e demais produtores criativos, para fins de criar oportunidades de geração de emprego e renda. O projeto foi pensado no contexto dos eventos culturais da região, a partir da experiência da Culturarte com a realização da Cantoria de São Gabriel, há quase 30 anos.

E o melhor é que o projeto contempla mulheres, garantindo cinquenta por cento das vagas nas formações para este público. Além de assegurar a participação da juventude, priorizando na formação no campo do audiovisual vagas para o público de 16 a 29 anos.

Foi nesta iniciativa que Quéli pôde sair da sua zona de conforto e voltar o seu olhar para o outro. “Ali, eu me senti uma pessoa socialmente necessária a partir do entendimento de que cada pessoa é importante e todos nós temos algo a oferecer. Não devemos ficar inertes frente a situações que nos incomodam dentro da nossa comunidade (ou até mais amplamente)”, compartilha.

Quando perguntada sobre como enxerga as mulheres no voluntariado, ela conclui que esse cenário pode variar de uma região do país para outra. “Aqui no território de Irecê (BA) eu noto uma forte presença masculina em ações voluntárias. O estigma de que certas tarefas, como os serviços domésticos e os cuidados com a família, são tarefas essencialmente femininas, pode nos restar pouco tempo para outras atividades. Já em outras regiões pode ser que a sensibilidade feminina as impulsione para atividades voluntárias, mais que aos homens”, finaliza.

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Quinta, 13 Fevereiro 2020 15:30

Feira de Mulheres Negras agita Cachoeira (BA)

Portal Interno Feira de Mulheres

Evento promove a valorização do artesanato local e fortalece a identidade e autonomia das mulheres

A tradicional festa de Yemanjá que reúne todos os anos uma multidão de admiradores foi o cenário escolhido por um grupo de artesãs, quilombolas rurais e urbanas, marisqueiras, pescadoras e jovens negras nos mais variados segmentos socioculturais para movimentar o comércio da cidade Cachoeira (BA), no último fim de semana.

A Feira de Mulheres Negras reuniu trabalhos de 30 integrantes do Coletivo de Mulheres Negras, no Jardim do Faquir, em frente à Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). O evento foi criado com o objetivo de promover a inclusão social, geração de renda, assim como preservar e fortalecer a cultural e a autonomia das mulheres. O evento foi realizado pela Secretaria de Assistência Social e pelo Coletivo de Mulheres Negras, com o apoio da Cáritas Brasileira, Fundação Banco do Brasil e da UFRB.

Programada para acontecer quinzenalmente, a feira das mulheres exibe o que há de mais bonito no artesanato da região – bordados diversos, bonecas, quadros, tapetes, crochê, flores, joias e bijuterias, além de alimentos regionais biscoitos, bolos, azeites e mel.

“Trabalhamos com mulheres com idades variadas entre 22 e 60 anos que têm muitos talentos e que sonham positivo, porque elas querem ampliar suas produções. Pretendemos realizar duas feiras no mês e em todas as festas culturais da cidade. Nosso objetivo também é estender a parceria para fortalecer o processo de produção das mulheres”, destacou Adriana Silva, secretária de assistência social do município.

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Portal Interno QuintaisProdutivos

Capacitação em quintais produtivos contribui para mulheres de várias realidades sociais em Minas Gerais

Nilma Pereira, 48 anos, cresceu no meio rural, aprendeu com os pais a plantar e a cuidar dos animais. Aos nove anos foi morar na cidade e teve várias ocupações: babá, cuidadora de idosos, doméstica, catadora de material reciclável. O tempo passou, veio o casamento e chegou um tempo em que Nilma e o companheiro ficaram desempregados. Foram dois anos tentando uma recolocação profissional e sem perspectivas entraram para tráfico de drogas. Autuada pelo crime, em 2018 começou a cumprir a pena no Presídio Feminino de Eugenópolis, localizado na Zona da Mata Mineira.

Foi neste contexto, que ela foi convidada a fazer o curso Quintais Produtivos para mulheres em situação de vulnerabilidade social, para que elas pudessem aprender os conceitos de agroecologia e produzir alimentos. “Eu saí da roça aos nove anos, então fazer este curso significou para mim um retorno a minha infância”, afirma Nilma.

A iniciativa surgiu do Instituto Cultural Boa Esperança, que apresentou a proposta para o edital do Voluntariado da Fundação Banco do Brasil em 2017. O projeto foi executado em municípios da região metropolitana de Belo Horizonte e na cidade de Eugenópolis. Foram quatro capacitações de 80 horas, com a participação máxima de 15 mulheres, e os temas tratados eram relacionados com a construção de canteiros, mandalas, espiral de ervas, mini-viveiros e mudas.

A responsável pelo desenvolvimento do projeto no presídio, Célia da Consolação, avalia que a capacitação superou as expectativas e ajudou a melhorar a autoestima das mulheres. “Uma das mulheres queria plantar morango e teve oportunidade de semear, plantar e colher. Quando surgiram os primeiros frutos ela me disse: eu estou tendo a chance de comer o fruto do meu trabalho. É muito gratificante ouvir isto”, Célia se emociona ao falar.

Estudantes de escolas públicas da cidade também puderam visitar o canteiro, como forma de aprenderem conceitos sobre a agroecologia e de conhecerem a origem dos alimentos que consomem na escola. “Muita coisa que plantamos aqui doamos para creches e escolas, por isso isto estamos em busca de parceiros para continuarmos este projeto e dar oportunidade a outras mulheres que estão cumprindo pena. Das quinze que fizeram o curso, oito já estão em liberdade e queremos que esse projeto tenha vida longa”, explica Célia.

Nilma agora quer terminar de cumprir a pena (2020 ela estará em liberdade) e retomar as atividades da infância. “Eu aprendi plantar brócolis, espinafre, e então quero sair daqui para voltar para roça”, finaliza.

Outras capacitações

Além do presídio feminino, os coordenadores do projeto pelo Instituto Cultural Boa Esperança George Helt e Reny Fonseca montaram as capacitações para mulheres assentadas de São Joaquim das Bicas, para mães de alunos de uma escola pública de Belo Horizonte e para mulheres idosas em Lagoa Santa.

Por serem moradoras de assentamento, já tinham conhecimento de agroecologia, mas foi uma oportunidade para aumentar a produção e comercializar o excedente. “A organização dessas mulheres, contribuiu, após as capacitações dos quintais produtivos, para a construção de uma cisterna para a produção de verduras e legumes, que ajuda na alimentação de suas famílias e para a comercialização em feiras agroecológicas” avalia George.

Em Belo Horizonte, a capacitação em quintais produtivos surgiu para melhorar a nutrição das crianças e adolescentes de uma escola pública. “Elas foram capacitadas, começaram a produzir e os alimentos foram incorporados na merenda dos estudantes para melhorar a qualidade da alimentação”, complementa Reny.

Não bastasse capacitar mulheres assentadas e mães, a última capacitação uniu agroecologia e acessibilidade. O grupo de mulheres da cidade de Lagoa Santa reúne mulheres acima dos 60 anos, que têm dificuldade de ficar descendo e levantando para adubar, semear, plantar e colher. Então, veio a ideia de um quintal produtivo suspenso. “Foi emocionante o resultado, porque este grupo de mulheres já tinha um conhecimento mais aprofundado em agroecologia e a construção do quintal elevado por meio de bombonas plásticas permitiu a elas cultivarem em pé aliando amor a agroecologia com acessibilidade”, finaliza George.

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Portal Interno   Proeza

As expositoras participam de projeto de reúso de resíduo têxtil que recebeu investimento social da Fundação Banco do Brasil

No ano em que a lei Maria da Penha, que pune a violência contra a mulher, completa 13 anos, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) e o Instituto Proeza se uniram para promover uma exposição com o trabalho de 80 mulheres vítimas de violência, em Brasília.

A mostra intitulada "Vidas Bordadas" ficará aberta ao público até o dia 7 de setembro, no Ministério Público, e reúne 60 autorretratos e três painéis que abordam, além da violência doméstica, o empoderamento feminino, e chama a atenção para os índices de feminicídio no país.

As artesãs bordadeiras e costureiras são atendidas no Instituto Proeza, em duas unidades, na Cidade Estrutural e no Recanto das Emas, regiões administrativas do Distrito Federal, no projeto de Reúso de Resíduo Têxtil e Produção Comunitária de Pães e Alimentos, que recebeu o apoio da Fundação Banco do Brasil, em 2017, para capacitação de mulheres que vivem situação de vulnerabilidade social.

Os retalhos de tecidos e roupas que seriam descartadas, são transformados em peças novas que garantem renda e autonomia para as mulheres. A entidade oferece gratuitamente capacitação em bordado manual, crochê, corte e costura em máquina industrial, tecelagem, tingimento orgânico, panificação, educação financeira e plano de negócios.

“A gente precisa trabalhar a autonomia, mas também a educação de gênero. A mulher que coloca o feijão na mesa rompe com a lei de desigualdade que foi pactuada lá atrás entre homens", destacou a coordenadora do Núcleo de Gênero do MPDFT, promotora de Justiça Mariana Távora, durante a abertura da exposição. Na ocasião, as mulheres atendidas no projeto fizeram uma performance, cortando uma peça de roupa bordada com frases e palavras alusivas às dores que já sentiram. O ato representou a superação dos episódios de violência vivenciados pelas artesãs, simbolicamente partidos em pedaços para serem jogados fora, como forma de repúdio.

Kátia Ferreira, diretora do Instituto Proeza fala com propriedade das dores e da transformação na vida das mulheres que são atendidas na entidade. “Elas bordaram a vida. E a vida tem lá suas dores. E, infelizmente, as maiores dores da vida são associadas a pessoas que amamos: virão na morte de um ente querido, na despedida de um amigo que vai embora para quem sabe nunca mais voltar, na perda de um grande amor, na traição de uma pessoa amada. Pode doer por muito tempo. Em alguns momentos nos perguntamos se é possível morrer de amor, saudade, ou outras coisas que a gente só sabe sentir. Elas se juntaram numa roda e falaram das dores da alma e bordaram tudo isso nesse vestido que foi cortado, fazendo de todas essas dores, pedacinhos que irão para bem longe e nunca mais voltar. A partir deste dia eles serão só retalhos, fragmentos de dor que terão outro significado: o da superação, o de que de toda queda podemos nos levantar e de que todo dia é possível começar de novo”, declarou.

A abertura da exposição, que ocorreu em 08 de agosto, contou também com a presença da atriz e ativista Luiza Brunet; da assessora da Fundação Banco do Brasil, Rosângela D’Angelis Brandão, da presidente e da diretora de comunicação e relacionamento da GPS Foundation, Viviane Piquet e Paula Santana, respectivamente.

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SERVIÇO:

Exposição Vidas Bordadas
Período: de 8 de agosto a 7 de setembro
Local: Mezanino do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)
Eixo Monumental, Praça do Buriti, Lote 2 - Etapa 1. Brasília/DF
De segunda a sexta-feira, das 12h às 18h.

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Quinta, 27 Junho 2019 14:40

Tesouras na mão e um emprego à vista

Portal   Ciame

Cursos profissionalizantes dão novo rumo para mulheres e jovens em situação de vulnerabilidade na comunidade de Bom Pastor, em Natal (RN)

O desemprego é uma situação que assusta boa parcela da sociedade, pois sem a garantia de um emprego fixo, muitas pessoas não têm previsão financeira para pagar as contas e manter sua moradia e subsistência. Esta situação se agrava a cada mês de espera pelo novo emprego. Uma análise de mercado de trabalho divulgada neste mês pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revela que o desemprego de longo prazo atinge mais fortemente as mulheres e jovens. Entre as pessoas sem emprego, 28,8% estão nesta condição há pelo menos dois anos, contra 20,3% dos homens desempregados no mesmo período. Na análise por faixa etária, 27,3% dos desempregados com mais de 40 anos insistem sem sucesso na busca por trabalho há pelo menos dois anos, mas o crescimento do desemprego de longo prazo é maior entre os jovens. As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas.

Frente a este cenário, um projeto realizado em Natal (RN), busca qualificar jovens e mulheres no ramo de estética e beleza, além de desenvolver habilidades empreendedoras para este público. O projeto “Inclusão Social e Empoderamento de Jovens e Mulheres” nasceu a partir de um convênio entre a Fundação Banco do Brasil e Instituto Bom Pastor, com o intuito de oferecer qualificação profissional para um público vulnerável na região. O convênio foi assinado em outubro de 2018 e desde então passou a oferecer cursos de corte de cabelo, auxiliar de cabeleireiro, barbeiro e manicure.

Os cursos foram realizados no Centro Integrado de Atendimento a Mulher (Ciame), do Instituto Bom Pastor, e foram ofertados para capacitação de jovens entre 15 a 29 anos, mulheres, pessoas com deficiência, público LGBT ou pessoas que tenham dependentes com câncer. O intuito foi fortalecer a autoestima, o resgate da dignidade, o exercício da cidadania, a profissionalização e também para impactar socialmente na melhoria da qualidade de vida da comunidade do bairro Bom Pastor, zona Oeste de Natal.

Segundo a coordenadora do projeto, Jane Martins de Lima Nunes, a opção dos cursos surgiu a partir de uma demanda local. “Escolhemos os cursos por recebermos este tipo de pedido e para oferecermos uma oportunidade de geração de renda para o público que nos procura. Vimos neste projeto uma oportunidade de transformar vidas, empoderando essas pessoas com qualificação profissional e cidadania”, conclui.

Além dos cursos de estética e beleza e noções de empreendedorismo, Jane relata que também foram ofertadas oficinas importantes para uma cultura de paz, como prevenção da violência doméstica praticada contra mulheres, noções de direitos humanos e sociais, ética e cidadania e oficinas que abordaram os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, elaborada pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Também tivemos turmas que conferiram palestras com a equipe da Mesa Brasil sobre o aproveitamento de alimentos e oficinas de matemática e lógica, para melhorar o desempenho dos futuros profissionais. O Mesa Brasil é uma rede nacional de bancos de alimentos contra a fome e o desperdício, liderada pelo Serviço Social do Comércio (Sesc). Todos os alunos também participaram de ações sociais para praticar suas habilidades em comunidades locais, escolas públicas e associações”, relata Jane.Weslley

Ao todo, 67 pessoas realizaram os cursos, concluindo a formação de 23 novos cabeleireiros e auxiliares, 25 barbeiros e 19 novas manicures, todos com certificado. Adenilson Weslley Ribeiro Bezerra, 24, foi um dos que concluíram o curso de barbeiro. Ele já havia trabalhado anteriormente, mas estava há quase dois anos sem um trabalho fixo. Logo depois de receber o certificado, Weslley, como é conhecido, conseguiu abrir a sua própria barbearia. “O curso me ajudou muito, pois aprendi novas técnicas e as oficinas também foram muito boas”. Ele foi motivado por um amigo cabeleireiro a realizar o curso e hoje os dois trabalham juntos. “Já tenho minha clientela e a qualidade de vida melhorou bastante”, conclui o jovem que pretende se aperfeiçoar mais no ramo para abrir um estúdio de barbearia futuramente.

Já a maquiadora Joice Vanessa Domingos Moreira, 23, foi uma das participantes do curso de manicure. Ela já havia realizado cursos e estágios como bartender, mas foi no ramo da beleza que ela se viu realizada - tanto, que abriu o seu próprio salão de beleza. “Eu sempre gostei de automaquiagem, então fiz vários cursos e fui aperfeiçoando com workshops. Depois comecei a atender pessoas em domicílio e agora tenho um salão, que fica na minha casa”, relata. Ela quis complementar seus conhecimentos também como manicure, pois era um pedido de suas clientes. Além de fazer unhas, ela também trabalha com prancha, estética, design de sobrancelhas e maquiagem, com hora marcada.

Joice

 Joice relata que o curso no Ciame foi muito proveitoso. “A professora passou muita segurança para este trabalho e também pude ter noções sobre o uso correto de     diversas   ferramentas que garantem mais qualidade no trabalho, como esterilização de equipamentos, uso de máscara, touca, luvas, etc”, pontua.

 Agora a profissional se divide entre os atendimentos no seu salão de beleza e as oficinas que ministra como voluntária no lugar onde tudo começou. Joice dá aulas de   automaquiagem no Ciame e repassa todos os seus conhecimentos para que outras jovens também tenham uma profissão e construam um futuro melhor.

 Voluntariado BB

 O projeto “Inclusão Social e Empoderamento de Jovens e Mulheres”, de autoria do Instituto Bom Pastor, foi selecionado por meio do edital Voluntariado BB em 2018 e recebeu o investimento social de R$ 90 mil. Participam do     processo de seleção projetos sociais desenvolvidos por entidades sem fins lucrativos, que têm a atuação de um voluntário e funcionário do Banco do Brasil. A seleção busca apoiar iniciativas que promovam a cidadania, geração   de  trabalho e renda, cuidado ambiental, educação, cultura, esporte e saúde. 

 

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Portal  InstitutoProeza

Promoção para o Dias das Mães valoriza o trabalho de mulheres da Cidade Estrutural e do Recanto das Emas

“Ver o resultado do meu trabalho transformado em brindes para um shopping center é muito bom”. Esse foi o sentimento de Maria Bertomeire Tavares, a Berta, de 49 anos, durante a entrega de 2.500 peças confeccionadas por ela e por outras 31 colegas da Cidade Estrutural e do Recanto das Emas, regiões administrativas do Distrito Federal, e que serão distribuídas durante as compras do Dia das Mães como ação promocional de um shopping de Brasília.

O responsável pelo trabalho das costureiras e confecção das peças é o Instituto Proeza, entidade que Berta conheceu a pouco mais de um mês e que tem entre tantos projetos o Reúso de Resíduo Têxtil e Produção Comunitária de Pães e Alimentos, que recebeu o apoio da Fundação Banco do Brasil, em 2018, para capacitação de mulheres que vivem situação de vulnerabilidade social.

Com retalhos de tecidos e roupas que seriam descartadas, as costureiras transformam em peças novas e garantem renda e autonomia. A entidade oferece, gratuitamente, capacitação em bordado manual, crochê, corte e costura em máquina industrial, tecelagem, tingimento orgânico, panificação, educação financeira e plano de negócios.

“Já tinha ouvido falar do projeto, mas cheguei até ele por acaso, quando fui levar uma amiga para preencher uma ficha. Foi amor à primeira vista, mas eu tinha um problema, não sabia costurar, nem mesmo pregar um botão, muito menos tinha tido algum contato com uma máquina de costura. Em um mês estou aqui, mostrando os brindes que fizemos para o shopping”, relata Berta.

Nos próximos dias, quem fizer compras no Brasilia Shopping tem a chance de levar para casa uma linda toalha canga, com estampa exclusiva, assinada pela publicitária Didi Colado. Além de Berta, Maria Zildolene Silva,
Maria Juliana das Chagas e sua mãe, a bordadeira Francisca das Chagas participaram da entrega das peças ao shopping. De acordo com a coordenadora do projeto, Kátia Ferreira, todas as participantes têm uma história de luta, mas agora sonham com um futuro promissor.

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Kátia explica que com o recurso da Fundação BB no valor de R$ 300 mil, foi possível comprar máquinas de costura, oferecer cursos de corte e costura e de bordados para 68 mulheres, além de oportunizar curso de panificação e estruturação de uma unidade de produção de pães e confeitaria. O objetivo é vender os produtos na própria região e abastecer com lanche os eventos relacionados à divulgação dos produtos feitos pelas costureiras. “Vejo a felicidade estampada no rosto de cada uma, porque elas não tinham dinheiro para custear um curso de corte e costura oferecido no mercado que é muito caro. Eu explico para elas que o nosso propósito é fazer brindes para que tenham uma renda no final do mês, e que existe cliente para comprar". 

Segundo Kátia, confeccionar as peças trouxe uma série de aprendizados como prazos de entrega, qualidade, comprometimento e ainda o preparo da embalagem. “Esse brinde feito para o shopping tem uma resposta a tudo isso. Algumas mulheres que atuaram nesse trabalho vão receber entre R$ 500 a R$ 1.300. Muitas estavam com aluguel atrasado e esse dinheiro vai fazer a diferença. Esse projeto é mais do que inserção econômica, ele traz as mulheres para um ciclo de convívio e amizades", conclui Kátia.

Sobre o Instituto Proeza

O Instituto já capacitou mais de 192 pessoas. A entidade também disponibiliza aulas de balé para as filhas das costureiras, oferecidas por uma professora voluntária no mesmo horário das oficinas. Uma forma de deixar as mães despreocupadas e estimuladas para o aprendizado. Também são oferecidas aulas de reforço escolar de várias disciplinas e de pré-vestibular. As oficinas de panificação tiveram a participação de jovens das comunidades com idades entre 17 a 23 anos.

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 Portal Maior FashionWeek

Peças criadas pela estilista Flávia Aranha, com produtos confeccionados por artesãs de MG, estarão presentes na 47ª edição do evento
Há quatro anos, a fiandeira Neusali Gonçalves de Souza Figueiredo, do município de Riachinho (MG) juntou-se ao grupo de mulheres da Central Veredas para aprender um lindo ofício: o tear ou fiar. Em pouco tempo ela já sabia fazer peças incríveis que passaram a ser comercializadas no Brasil e em outros países. A sua mestre foi a artesã Maria Nadir Mendes de Sá, uma das mais experientes do grupo de 160 mulheres.
Os produtos desenvolvidos pelas artesãs são frutos da criatividade, inspiração e da cultura do Urucuia Grande Sertão, região noroeste de Minas Gerais, onde Guimarães Rosa se inspirou para escrever sua obra Grande Sertão:Veredas. As técnicas, repassadas de pais para filhos, são referenciais  na qualidade e no tingimento com pigmentação de árvores do Cerrado.
Na lista de peças confeccionadas pelo grupo estão os artesanatos de algodão - xales, mantas para sofá, colchas, jogos americanos e caminhos de mesa. Elas também confeccionam objetos decorativos e bordados com temas da região e árvores do Cerrado, como caixas, móveis e flores produzidas com o buriti.
No próximo dia 27, no Espaço Arca em São Paulo, Neusali, Maria Nadir e outras duas artesãs apresentarãosuas peças em um dos maiores e mais famosos desfiles de moda do mundo, o São Paulo Fashion Week.  As roupas foram desenvolvidas pela estilista de moda Flávia Aranha, que conheceu o trabalho do grupo em 2015.
Flávia conta que andava a procura de pessoas que trabalhassem com o tingimento à base do índigo natural quando descobriu que as mulheres da Central Veredas usavam a técnica que estava meio esquecida. “Em pouco tempo visitei todos os núcleos e me apaixonei pelo lugar, pelas histórias de vida e pelo conhecimento que elas têm sobre a fiação tradicional. Além disso, vi que elas trabalhavam cantando e isso foi muito impactante. A partir daí, a gente passou a fazer experiências juntas na tecelagem. Também me interessei pelos bordados, pelos tecidos, por tudo. Quero investir na cultura do algodão, pois o artesanato  precisa de apoio  e de fomento, e eu quero colaborar”, declarou a estilista. 
Investimento da Fundação BB
A Fundação Banco do Brasil é um dos principais parceiros da Central Veredas, entidade composta por núcleos produtivos nas localidades mineiras de Natalândia, Sagarana, Bonfinópolis de Minas, Riachinho, Serra das Araras, Chapada Gaúcha, Urucuia, Uruana de Minas, Buritis e Arinos. Desde 2013 foram investidos cerca de R$ 980 mil na estruturação da Rede Solidária de Artesanato, com objetivo de garantir a sustentabilidade da organização.
Os recursos foram aplicados na mobilização e capacitação das artesãs para o fortalecimento dos núcleos, melhoria da qualidade das peças e aumento da produtividade. E ainda, contribuíram para o aprimoramento da tecnologia social “Cores do Cerrado” na construção e estruturação da unidade de tingimento.
A metodologia "Cores do Cerrado" foi certificada pelo Prêmio Fundação de Tecnologia Social em 2011 e é parte do Banco de Tecnologia Social (BTS), junto com outras 985 iniciativas. A tecnologia propõe a recuperação da atividade artesanal tradicional, com foco no trabalho em rede e conceitos do comércio justo, possibilitando a geração de emprego e renda dignos em atividades de fiação artesanal, tecelagem e tingimento com corantes naturais e orgânicos.
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Portal   Genero

 

Projeto beneficia agricultoras na região do Polígono das Secas, com capacitações para o uso de cisternas e biogás

Resolver as desigualdades de gênero requer políticas públicas e outras iniciativas que garantam autonomia financeira às mulheres. Esse, aliás, é o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5 da Organização das Nações Unidas (ONU): alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas no mundo inteiro até 2030. No Brasil, uma dessas iniciativas tem começado a gerar resultados para agricultoras do sertão Sergipano.

O projeto Mulheres em Movimento está sendo realizado no município de Simão Dias, na região do Polígono das Secas, um dos mais pobres do país. Quase metade da população de 40 mil pessoas vive com uma renda mensal de meio salário mínimo (equivalente a R$ 477 ou R$ 15,90 por dia). A vida é ainda mais difícil para as mulheres, que além das limitações materiais lidam com a dominação masculina.

Realizado pela Sociedade de Apoio Sócio Ambientalista e Cultural (Sasac) com apoio da Fundação Banco do Brasil, o projeto consistiu na reaplicação de três tecnologias sociais em pequenas propriedades rurais familiares: Biodigestor para produção de gás natural a partir de esterco animal, Cisternas de Placas para consumo e Cisternas Calçadão para produção de alimentos. Ao mesmo tempo, qualificou 30 agricultoras para atuarem como protagonistas na resolução de problemas cotidianos.

Iniciada no primeiro semestre deste ano, a ação já rende frutos. “Vou poder criar minhas ovelhas, que é um sonho antigo. Daqui pra frente é só prosperar”, declara Elenice Batista dos Santos (44 anos).

Elenice acompanhou a construção de uma cisterna de produção no seu pequeno sítio. Concluído no início deste mês, o reservatório já começa a acumular a água da chuva. Com o abastecimento, Elenice pretende ampliar o cultivo de frutas e hortaliças para melhorar alimentação da família, além de poder vender o excedente para gerar renda. “Meu marido é vaqueiro, empregado de fazenda. O que ele ganha é só pra gente comer”, explica.

Atualmente, o quintal dela tem cultivo bem diversificado, no entanto, a produção nem sempre se dá no volume esperado por causa da seca. “Aqui no meu sítio plano coentro, couve, alecrim, fava, feijão de corda, batata doce, cebola, manga, abacate, macaxeira, pinha, tamarindo, mamão e goiaba, mas é mais pra gente de casa mesmo. E quando não chove não dá. Com essa cisterna já estou vendo a possibilidade de montar minha barraquinha na feira junto com outras vizinhas aqui da região”.

Elenice também ressalta a importância do projeto focar no empoderamento das mulheres. “A gente sabe das dificuldades da família, enfrenta tudo com a mesma garra dos homens, então merecemos aprender a fazer nossas próprias melhorias e não ficar somente esperando pelo marido. Aliás, agora eles até olham a gente diferente, com mais respeito”, conta.

Joelma Tavares Santos, presidenta da Sasac, explica que a ideia do projeto nasceu da vontade de realizar ações capazes de fortalecer a autonomia feminina. “Aqui ainda existe uma cultura muito enraizada de que o homem é a cabeça da família. Mesmo conscientizando, realizando uma caminhada contra a violência todo ano, muitas mulheres continuam amedrontadas em casa, por isso começamos a pensar em como empoderá-las e assim desenhamos o Mulheres em Movimento”.

Terezinha Maria de Jesus, outra participante do projeto, lembra que muitas vezes as mulheres não podem procurar emprego porque têm filhos pequenos ou porque moram distante. “Com um projeto desses, muitas passam a ter condição de trabalhar em casa mesmo, com o que já produz e aproveitando muita coisa da propriedade, porque o ganho dos maridos é mais pra botar comida na mesa”, reflete.

Dona Terezinha, como é conhecida a agricultora de 64 anos, vive na comunidade quilombola de Sítio Alto e foi contemplada com um biodigestor que começou a funcionar no início do mês. Entre seus objetivos está o de comercializar doces junto com a filha. Com o biogás, a produção terá o custo reduzido.

O biodigestor instalado no sítio de dona Terezinha aproveita as fezes dos animais para produzir biogás, mantendo o curral limpo e evitando a emissão do gás metano na atmosfera, o que contribui para evitar efeito estufa e mantém a sanidade animal. Além disso, permite à família cortar despesas com o botijão de gás metano ou outro tipo de combustível para cozinhar alimentos.

Tecnologias sociais
O Banco de Tecnologias Sociais (http://tecnologiasocial.fbb.org.br/tecnologiasocial/principal.htm) da Fundação BB tem várias soluções certificadas com viés de gênero. São iniciativas que procuram empoderar mulheres a partir de várias perspectivas, como educação, trabalho e renda e agroecologia, entre outras. Além das tecnologias sociais, inúmeros projetos apoiados pela Fundação BB visam promover o protagonismo feminino a partir da capacitação para geração de renda.

Igualdade de Gênero  é o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de número 5. No total são 17 ODS e 169 metas que estimulam ações até o ano de 2030 em áreas de importância crucial para a humanidade e para o planeta.

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Publicado em Série ODS