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Feira de Mulheres Negras agita Cachoeira (BA)
Evento promove a valorização do artesanato local e fortalece a identidade e autonomia das mulheres
A tradicional festa de Yemanjá que reúne todos os anos uma multidão de admiradores foi o cenário escolhido por um grupo de artesãs, quilombolas rurais e urbanas, marisqueiras, pescadoras e jovens negras nos mais variados segmentos socioculturais para movimentar o comércio da cidade Cachoeira (BA), no último fim de semana.
A Feira de Mulheres Negras reuniu trabalhos de 30 integrantes do Coletivo de Mulheres Negras, no Jardim do Faquir, em frente à Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). O evento foi criado com o objetivo de promover a inclusão social, geração de renda, assim como preservar e fortalecer a cultural e a autonomia das mulheres. O evento foi realizado pela Secretaria de Assistência Social e pelo Coletivo de Mulheres Negras, com o apoio da Cáritas Brasileira, Fundação Banco do Brasil e da UFRB.
Programada para acontecer quinzenalmente, a feira das mulheres exibe o que há de mais bonito no artesanato da região – bordados diversos, bonecas, quadros, tapetes, crochê, flores, joias e bijuterias, além de alimentos regionais biscoitos, bolos, azeites e mel.
“Trabalhamos com mulheres com idades variadas entre 22 e 60 anos que têm muitos talentos e que sonham positivo, porque elas querem ampliar suas produções. Pretendemos realizar duas feiras no mês e em todas as festas culturais da cidade. Nosso objetivo também é estender a parceria para fortalecer o processo de produção das mulheres”, destacou Adriana Silva, secretária de assistência social do município.
Artesanato do Urucuia Grande Sertão dá um charme a mais ao São Paulo Fashion Week

Peças criadas pela estilista Flávia Aranha, com produtos confeccionados por artesãs de MG, estarão presentes na 47ª edição do evento
Bijuteria reciclável une mulheres em residencial de São Gonçalo do Amarante (CE)
Projeto Moradia Urbana com Tecnologia Social busca fortalecer os laços comunitários e a inclusão social de moradores de condomínios populares; novo edital está com inscrições abertas
Quem vê os colares e brincos usados por algumas moradoras do Residencial Anacetaba, em São Gonçalo do Amarante (CE), não imagina de que tipo de material é produzido. Em cores variadas, o artesanato feito com partes de recipientes de plástico vem fazendo sucesso na vizinhança e em feiras no centro da cidade. "As pessoas não acreditam que as peças são de frascos de xampu, de condicionador. 'Que material vocês usam?!' - perguntam admiradas", conta Cláudia, que hoje é vice-presidente do grupo de mulheres, batizado de Artesãs do Anacetaba.
Atualmente com 16 integrantes, o grupo se formou por meio do projeto Moradia Urbana com Tecnologia Social (Muts), que tem como principal objetivo o envolvimento comunitário dos moradores de conjuntos habitacionais voltados para população com renda familiar até R$ 1.800. Em São Gonçalo do Amarante, são 499 unidades, a maioria habitada por pessoas de várias partes do estado. Na realização do Muts, os participantes podem escolher uma tecnologia social - entre quatro opções - para ser implantada no condomínio. No residencial Anacetaba, as moradoras optaram pela metodologia “Redecriar – Joias Sustentáveis na Ilha das Flores”. A realização do projeto foi da Cáritas Diocesana de Itapipoca.
"Esse trabalho para nós é como se fosse uma terapia. As pessoas vão conhecendo as outras, sabendo e se ajudando", destaca Jaciara Lima, que frequenta o grupo há um ano. Elas são todas donas de casa e se reúnem durante a semana no período da tarde para produzir as peças: além de colares e brincos também fazem pulseiras.
Mais recentemente, ao notarem que a cabaça – fruto de uma planta trepadeira - é uma matéria-prima abundante na vizinhança, criaram também artesanatos como porta-vassoura, porta-colher e porta-pano de prato. O acabamento é feito com pintura e biscuit. "Já pediram porta-vassoura com carinha de coruja ou galinha. A gente faz o que pode para tentar atender", detalha Valdelice Maria da Conceição, presidente do grupo.
Com apoio da prefeitura, as peças são expostas e comercializadas na feira de artesanato mensal e na feira livre semanal, ambas no centro da cidade. Além disso, as integrantes do grupo contam com o apoio de familiares e amigos para divulgação e venda dos produtos nos bairros vizinhos.
O projeto despertou em algumas participantes a vontade de voltar a estudar, para poderem se comunicar melhor com parceiros e clientes. "Eu saí com a Valdelice para fazer matrícula e fomos chamando as outras também. Estudar desenvolve a mente da gente", afirma Jaciara.
A nova conquista é a formalização do grupo como uma associação - o registro em cartório está previsto para esta semana. O próximo desafio é fixar um espaço próprio como sede. "A gente precisa para se reunir e abrir para mais participantes", explica a presidente Valdelice. Atualmente elas se encontram na casa da vice-presidente Cláudia.
Edital MUTS
A proposta de realização do projeto Moradia Urbana com Tecnologia Social (MUTS) no residencial em São Gonçalo do Amarante foi selecionada em edital. Nova seleção está aberta para entidades interessadas em reaplicar metodologias em empreendimentos habitacionais populares. O edital terá duas chamadas: a primeira com inscrições abertas até 30 de maio e a segunda até 31 de agosto.
As entidades selecionadas irão realizar trabalho de mobilização comunitária com moradores de empreendimentos habitacionais destinados à população com renda familiar abaixo de R$ 1.800. O trabalho consistirá na reaplicação de tecnologia social chamada “Transformando realidades por meio da mobilização e organização comunitária” que busca promover a cidadania, os laços entre os moradores e a organização coletiva para buscarem soluções dos problemas no condomínio.
Acesse o edital MUTS e seus anexos.
A divulgação deste projeto está relacionada aos seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS:
Divina Providência pela educação que transforma
Fundação BB apoia iniciativa de inclusão socioprodutiva por meio de oficinas para crianças e jovens
O projeto "Divina Providência", criado em parceria com o Centro de Formação da Divina Providência, em Encruzilhada do Sul (RS), que atualmente tem mais de 25 mil habitantes, recebeu investimento social de R$ 170 mil. A entidade atende cerca de 130 crianças e adolescentes de famílias de baixa renda do município distante 170 km de Porto Alegre, com ações socioeducativas, como oficinas de artesanato, ludicidade e culinária, além das aulas de capoeira, judô, informática, música e teatro.
A instituição, criada em 2003, há tempos está com estrutura física desgastada e necessita de reparos e outras obras. Com o apoio recebido da Fundação Banco do Brasil, começou a manutenção do espaço para adequá-lo ás necessidades dos jovens. Também foram adquiridos materiais didáticos, pedagógicos e equipamentos como geladeira e armário.
Elisa Maria, tesoureira da entidade, informou que serão instaladas lixeiras aramadas, destinadas ao recolhimento do lixo seco, nas imediações da instituição que fica na Vila da Fonte. “Temos um programa de Educação Ambiental no qual incentivamos nossos alunos a recolherem material reciclado, e eles são retribuídos com uma pontuação criada, a da moeda estrela”, disse. Elisa explicou que esta bonificação proporciona a entrega de material arrecadado junto á comunidade, tal qual material escolar e vestuário.
A comunidade vizinha ao Centro de Formação é constituída em sua maioria por trabalhadores rurais que fazem a colheita em grandes plantações, sendo conhecidos como trabalhador rural sazonal.
Além do apoio da Fundação BB neste projeto a entidade promove ações socioeducativas e de inclusão socioprodutiva com o auxílio de parceiros como Fundação do Bem - grupo Tramontina, prefeitura municipal, secretaria estadual do trabalho e desenvolvimento social, Banrisul além de representantes do meio empresarial do município.
A divulgação deste assunto contempla três Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que fazem parte da Agenda da Organização das Nações Unidas com metas para o ano de 2030.